Antes de entrar no assunto de verdade, deixa eu contar história. Lá atrás, na época que o Dreamweaver ainda era da Macromidia, eu já fazia websites há algum tempo. Então eu me lembro do hype que foi quando ele foi lançado, de como era super ótimo. De como você podia fazer páginas maravilhosas em pouco tempo. E já naquela época, metade disso era mentira. O código resultante era sujo e desatualizado, com declarações de doctype erradas e fazia uso excessivo de tables. Mas que era útil, era, o Dreamweaver virou o padrão de webdesign. Depois de muitos anos, e muita melhoria, agora no CS6 ele está começando a deixar de ser só um “editor de texto superdesenvolvido” para finalmente ser uma ferramenta, que se preocupa com validação e produz código útil e realmente facilita nossa vida.
Aí eu estava assistindo aos vídeos sobre as novas features do CS6 e esbarrei no Muse e no Edge. Me animei pra caramba com eles porque pareciam ser 2 sonhos realizados: um editor web realmente WYSIWYG e um jeito de fazer animações HTML5+JQuery visualmente.
Só que não. Os dois programas novos são úteis sim, mas muito longe de ser a solução que eu esperava. O Muse é melhor que o Edge inclusive, quando se considera o código resultante, que até que é limpo, bem organizado e atual, mas peca numa qualidade extremamente importante pra mim: ignora certos padrões já estabelecidos de design e CSS3, como listas, que facilmente podem ser transformadas em menu. E eles publicaram um tutorial de como fazer um workaround pra isso. Já o Edge, leva suas deficiências a um outro nível, por que ignora a possibilidade de fazer manipulações ao DOM via código JQuery, e leva pro Canvas coisas simples que podem ser resolvidas facilmente com HTML e CSS.
Engenharia de Design 